
Celebração
Eduardo Aroso
Vão as águas passando, irmãs gémeas do tempo,
Alheias ao que fica, em serenidade vão.
De tudo o que levam deixam porém assento
Para os dias outros da íntima celebração.
Nelas se ouvem os sinos altos da saudade
Na sonora crista das solares ondulações;
Águas, reflexos do céu da vindoura idade
A dos cantos de Neptuno na pena de Camões.
(Nas margens do Mondego
e à margem das tribunas)
Coimbra, 10-06-2010
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