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Leia aqui a homenagem da Fundação António Quadros a António Telmo.



terça-feira, 20 de abril de 2010

AFORISMOS, 29

Eduardo Aroso


Ínclita Geração, escultura de Laureano Ribatua: foto tirada daqui

117 – O Estado e as universidades confundem-se: ambos tomam conta de tudo. O primeiro reconhece as pessoas essencialmente por pagamentos fiscais, possuindo também Serviços de Saúde Mental, abertos 24 horas por dia. No ensino, o que busca o conhecimento tem de justificar esse conhecimento, não através do próprio conhecimento, mas onde o foi buscar. Ambos são necessários; não desta maneira. Mas o Estado e as universidades que temos deveriam sentar-se frente a frente para decidir quando abrem falência de vez e não enganarem mais os trabalhadores da precária situação destas empresas.
118 – A Ínclita Geração foi traída pela corrupta geração; no país dos brandos costumes surgiram os viciosos costumes. Resta hoje a acção derradeira sobre o húmus do fim, oração última que seja a primeira que nos abra definitivamente o céu do espírito. Há vendilhões do templo, vendilhões da pátria, vendilhões de tudo. Porém, no deserto do mundo ninguém pode profanar a verbo fundador, a «intacta glória de Deus».
119 – Há guardadores de rebanhos, guardadores de pátrias e o Pastor de todas as nações.

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