
Da rosa e do tempo
Eduardo Aroso
E mesmo assim não se abre a rosa
Que vem da raiz de todas as idades
E só a virtude inteira faz formosa.
A seiva irrompe pródiga nas rotundas;
Alguma sobe, a que os olhos não alcançam.
Tantos corações numa oração compassada;
No céu, serenamente os anjos dançam.
Aqui a seiva demora-se, húmus da História.
Recordo a haste de Coimbra a Estremoz,
Este aroma que orvalha a memória
E ante o abismo da matéria fala em nós.
E mesmo assim não se abre a rosa
A que nada deixa cair no chão
E do Alto é inteira e saudosa.
Coimbra, 4-7-2010 (Dia da Rainha Santa Isabel)
Que bonito este poema! Que bela maneira de homenagear a rainha santa!
ResponderEliminar- Isabel Xavier -