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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

EXTRAVAGÂNCIAS, 39



Mar Mor
Eduardo Aroso

Tem o horizonte mais largo,
Fundura além de corais.
Nele ninguém soçobra,
Âncoras são catedrais.
Dentro ninguém se perde
Pois há sempre uma gaivota
Que na vaga do desânimo
É um aviso que nos ergue.
Mar mor, mar nosso,
Cálice de sal e dor.
Prece à espera de ser dita
Na vaga mais alta
Da hora abstracta
Que se precipita….

Buarcos, Figueira da Foz, 19-11-09

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