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domingo, 1 de março de 2009

A PONTA DO VÉU, 7

Poesia. Eis um dos teoremas do «57» que hoje estará em foco em Montemor-O-Novo. Isabel Xavier, que, logo à tarde, o irá apresentar, já nos havia enviado dois belíssimos poemas para publicação no primeiro número dos Cadernos de Filosofia Extravagante. Um deles, desde já, aqui fica.
Isabel Xavier nasceu em Dezembro de 1957 (por sinal, no mesmo mês e no mesmo ano em que os teoremas surgiam publicados no «57»), nas Caldas da Rainha, onde reside e é professora do ensino secundário, leccionando a disciplina de História. É autora de Catedral (Teoremas de Filosofia, 2002), livro de poemas com capa e ilustrações de Carlos Aurélio, e tem ainda colaboração dispersa por outros títulos, como a revista Teoremas de Filosofia. Preside à associação PH – Grupo de Estudos, onde se tem destacado na defesa do património histórico das Caldas da Rainha.
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Acho em tuas mãos plenas de Verdade
A causa da existência do meu Corpo
E sinto em minha pele o mesmo Sopro
Com que criou Deus a Humanidade.

Dentro do que sou existe o Mar
Existe a Terra, o Céu e as Estrelas
Existe até muito mais do que elas:
As Palavras que acendem o Luar.

Teus dedos de Espuma e de Saudade
Percorrem Ondas profundas do meu Ser
E o Mar que eu sou, em ti, consegue erguer
A Voz calada dos sons da Eternidade.

Isabel Xavier

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