(os textos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores)

Leia aqui a homenagem da Fundação António Quadros a António Telmo.



segunda-feira, 2 de novembro de 2009

AFORISMOS, 9

Eduardo Aroso

41 – Os novos púlpitos entram em nossas casas, convocando-nos para a procissão (pagã ou não) cujo objectivo é ir engrossando à medida que passa, não em cada rua, mas a cada dia. No bulício da água-benta do racional, já ninguém sabe qual o santo que vai à frente…
42 – Mais rápida do que o movimento das pálpebras, a viseira do futuro abre e fecha ao mais simples pestanejar da alma.
43 – Viriato – o Sonho antes do Sonho.
44 – D. Sebastião é o mito do imprevisível. Não se sabe a hora do regresso do Rei-Encoberto e, sobretudo, o modo como o fará. Para além do que a tradição consagra como manhã de nevoeiro - leia-se tempos pouco claros – O Desejado é o mito do imprevisível porque representa o que é novo para criar futuro, e o que é verdadeiramente criação nova não se prevê, embora tome depois as rédeas da História. «Morrer, sim, mas devagar» significa, de modo inverso, reaparecer subitamente, por nunca, em verdade, se chegar a morrer.
45 – A pátria é a janela de onde se começa a avistar o mundo. A nossa é manuelina. Ide…

2 comentários:

  1. E as imagens não assinadas também são da exclusiva responsabilidade dos seus autores?
    :)

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  2. Assim fica assinado, não é verdade?
    http://i-nunofonseca.blogspot.com/2009/01/convento-de-cristo-em-tomar-janela.html

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