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sábado, 28 de março de 2009

OS POETAS LUSÍADAS, 2

S. FRANCISCO DE ASSIS

S. Francisco de Assis falava, outrora,
Aos animais, às flores, triste e só…
Se tudo quanto vive, sofre e chora,
É a mesma alma eterna e o mesmo pó!

E, por isso, ele tinha pena e dó
De tudo quanto doira a luz da aurora,
E não bebeu, no poço de Jacob,
Aquela água de vida redentora.

Ó lobos, meus irmãos! Irmãs ervinhas!
Irmãs pedras! Ó fontes pobrezinhas!
Ó ventos, meus irmãos, em doida guerra!

Quanto vos amo em Deus! E sinto bem
Que esta terra, que eu beijo, é nossa mãe
E que a sombra de Deus anda na Terra!

Teixeira de Pascoaes

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