
SEMPRE
Pensas que te não vejo a ti? Bem era!
Gravei tão vivamente n’alma a doce
E bela imagem tua, que eu quisera
Deixar de contemplar-te só que fosse
Um momento, e não posso, não consigo:
Foges-me, escondes-te e, que importa? Esculpes
Mais fundo ainda os indeléveis traços!
Realça-te o retrato! E não me culpes!
Culpa-te antes a ti!... Sigo-te os passos!
Vejo-te sempre! trago-te comigo!
João de Deus
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