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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O OUTONO, 1



[de Verbo Escuro]

I. Despem-se as árvores da sua carne de verdura, e o seu vulto esquelético, às horas do poente, sangra, crucificado no crepúsculo.
No oiro das folhas mortas, no roxo dos ermos longes, adivinha-se a mão nublosa que os pintou, porque ela aperta-nos o coração no peito. É a mão da Tristeza, que é a própria Morte em sombra de ternura, a morte beijando-nos na face…
(continua)
Teixeira de Pascoaes

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