
Helder Cortes
O encontro com o Professor António Telmo? Tudo aconteceu com a grande viagem a Granada. Após essa campanha e longa travessia por deserto onde o não encontrava, recebi certo dia de Verão, em lar que não esqueço, o telefonema do Professor António Telmo: Que sim; que ali vivia e que se disponibilizava a receber-me. Foi a porta que se abriu e o convite para de imediato entrar em sua casa.
Esse banquete há longo tempo iniciado à mesa de António Telmo, do qual me ausento para inúmeras leituras e cogitações, é perpétuo caminho de grande provocação, que nunca poderá ser via fácil. A amizade com este grande Homem que pressente o mundo com lucidez embriagante representa permanente confronto com o local que se ocupa, naquilo que é o constante questionar do presente. De tudo isto resulta ou a mudança de rumo, ou reforço da posição assumida e o continuar desse caminho. O que em qualquer dos casos (como se apenas duas opções existissem?!) resulta na óbvia mudança de local. O que sempre significará elevar-se na profundidade de seu Ser: Porque é descendo que se sobe! Só sendo pequeninos poderemos ser melhores.
António Telmo é uma grande janela aberta para o mundo da filosofia Portuguesa. Esse grande mundo no qual, como a mais pequena semente silvestre, tento absorver a primeira gota de água que a faça germinar. É essa permanente disponibilidade que torna qualquer encontro coisa geradora de novo momento.
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*título da responsabilidade do editor; o presente texto, destinado à Saudação a António Telmo, só agora nos chegou para publicação. Vem fora do tempo, mas não vem tarde. Fica sendo o décimo segundo e último daquela série. Por ele se torna o círculo perfeito.
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