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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

AFORISMOS, 7

Eduardo Aroso

31 - Granitos da Beira-Alta: a vida é dura.
32 - Centros Comerciais: labirintos do efémero património.
33 - Quando Portugal fez a sua adesão à CEE, assinou o manifesto da sua anticultura na sua contranatura. Não que o nosso país não seja europeu. Todavia, aderindo ao centralismo do velho continente (hoje refém das suas leis), negou assim Portugal a sua condição periférica, o mesmo é dizer universal, e que teve desde sempre. Para se «cumprir», falta-lhe realizar de novo a adesão à comunidade do mundo.
34 - «Não se deve limitar Deus», como insistia Agostinho da Silva. Podemos estar a diminuí-Lo ou negá-Lo junto de nós, para excessivamente afirmá-Lo no infinito.
35 - Importante é saber se pela pátria podemos continuar rumo ao universal; saber se temos barco, e se o barco leva a toda a parte. Já demos uma volta inteira. Façamos outra mais acima. Pode embarcar quem não tem os pés em nenhum cais, ou quem já chegou a todo o lado?

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