
Eduardo Aroso
Talvez que outrora
O eterno fogo do centro
Viesse criar
O chão que há agora.
Aqui a terra
Ainda não acabou a dança…
Um sortilégio próprio
Se morre, logo principia
Nesta força-solidão,
Na graça duma romaria.
Aceso é o rito e milenário;
E todo o momento nos faz crer
Que vai surgir um deus
Mais do chão que do céu,
Em si mesmo oculto e voluntário.
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