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Leia aqui a homenagem da Fundação António Quadros a António Telmo.



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AFORISMOS, 132 *














Na Imagem: imagens
produzidas por caleidoscópios

O autor retoma a rubrica «Aforismos» que, num total de 131, foram publicados periodicamente neste blogue, entre Setembro de 2009 e Maio de 2010.

Eduardo Aroso


Agostinho da Silva – A utopia é sopro ou semente que será fruto suculento ou reino das almas em flor.

Lima de Freitas – Toda a orla atlântica é símbolo.

António Telmo – Entre os sons do alfabeto português esconde-se a caverna de Platão.

Dalila Pereira da Costa – Todas as noites as sibilas dos tempos lhe entoam a mais antiga canção.

Pinharanda Gomes – Cada dia do calendário é preenchido com a dedicação pensada.

Joaquim Domingues – O seu pensamento vai onde deve estar.

Carlos Aurélio – As contas do rosário transmudam-se nas palavras certas do seu pensar.

Pedro Sinde – O oculto serpenteia nele.

Cynthia Taveira – Em certas manhãs surge sempre uma ave que nunca vimos, tornando o nevoeiro mais luminoso.

Pedro Martins – No mastro da razão, o mar move-lhe o pensamento no largo oceano.

Renato Epifânio – O incansável cavaleiro andante da Lusitânia universal.

Paulo Borges – O vento existe; não sabe de onde vem; e quando vai, sabe apenas que sopra.

*Este aforismo não tem o alcance de abarcar todos os pensadores portugueses. Refere-se, como é óbvio, àqueles cuja obra, por várias razões, me está mais próxima.

1-2-2012

Eduardo Aroso

2 comentários:

  1. Por coincidência, sim, por acaso, talvez não, no dia em que se retomam estes «Aforismos» cujo conteúdo, de um modo geral, diz respeito à existência de Portugal, Neptuno entra em Peixes, o signo – bem como o planeta regente - que mais influência tem sobre nós. A última vez que o planeta entrou em Peixes foi em Fevereiro de 1848, onde permaneceu até Abril de 1861. Se relançarmos os olhos, superficialmente que seja, à História de Portugal, podemos, pela infalível analogia dos ciclos, especular sobre o ambiente geral que nos estará reservado agora e nos próximos anos.

    Eduardo Aroso

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  2. Caro Eduardo : se me permite uma crítica, não me parece muito feliz o aforismo relativo ao Pedro Sinde, nem pelo aspecto do oculto nem pelo aspecto da serpente. Há nos escritos dele uma luminosidade que desoculta e uma visão certeira de um falcão que em nada lembram um serpentear...
    João Pedro Secca

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