
Chegara Março. Eu via abrir-se a vida
Como uma rosa enfim desabrochada:
A terra, era mais verde e mais florida;
E madrugava mais a madrugada.
Das altas ondas do mar largo erguida,
A névoa se esvaía em luz doirada;
Cada frágua, uma fonte enternecida;
Toda a pomba, feliz e acasalada.
O espírito divino da Beleza
Tinha encarnado em ti, ó meu Amor:
De ti vivia toda a Natureza!
Eu tinha o mundo em mim: em tudo esparso,
Eu era a onda e a ave, a luz e a cor…
- Era o meu coração um mês de Março!
Belinho
António Corrêa d’Oliveira
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