
Oliveira
Avelino de Sousa
Milenares, centenárias oliveiras,
do meu país,
firmai vossas raízes.
Que as negras azeitonas
No lagar se transformem em azeite.
Que com ele exista a luz primeva.
Glória seja à verde oliva.
É hora de acordar e de cuidarmos
que em nossas lâmpadas
e lucernas luza o nosso azeite. [Pastor de Estrelas, de Avelino de Sousa: pedidos para serradossa@aeiou.pt]
«Pastor de Estrelas», de Avelino de Sousa, foi-me oferecido gentilmente pelo Joaquim Domingues num dos nossos encontros em Coimbra, no Café Montanha. Ainda sem ter concluído a sua leitura,confesso que logo nos primeiros versos senti que a obra obedece a um inconfundível ritmo da prosódia do seu autor e existe uma inquestionável "matéria poética" comparável -salvo as devidas diferenças - àquela Massa (o sagrado Caos) com que Deus Se fez imanente perante as criaturas. E essa matéria poética que há em Avelino de Sousa é obviamente inesgotável.
ResponderEliminarOs meus sinceros parabéns ao poeta, a minha gratidão ao Joaquim Domingues pela oferenda, mais que oferta, e as minhas felicitações ao Pedro Martins pela publicação deste belíssimo poema sobre o azeite LUZitano, afinal o que nos pode trazer LUZ!
Eduardo Aroso
O Avelino, que tenho honra de contar por Amigo, é, como poucos, exímio obreiro do Verbo. Luz nele a verdadeira luz «primeva» e vera das nossas desolações de aquém e além Tejo. Tenho-o por mestre meu, embora, porque jovem, a mais propriamente se me afirmar como discípulo, não meu, mas do sacratíssimo rigor fulgente.
ResponderEliminarNeste poema,ressalta a empatia entre o autor e o motivo de inspiração, que fez nascer este profundo elogio a quem, não tendo voz,só tem o dom da doação.
ResponderEliminarO meu obrigada ao Autor.