domingo, 3 de maio de 2009
NO PRÓXIMO SÁBADO, DIA 9, EM SESIMBRA: O CENTRO DO MUNDO
Lançamentos. O acontecimento deu-se um dia, há já muitos anos, no Grémio Literário, em Lisboa. Falava-se da Califórnia e dos portugueses que aí vivem, da América do Sul e do povo brasileiro, quando alguém, que não era de Sesimbra, afirmou ser nesta terra marítima que se deveria situar o centro do mundo. Logo o burburinho se instalou. Agostinho da Silva, que ali estava presente, apressou-se a esclarecer que o centro do mundo é o lugar onde se não morre e, por isso, está por toda a parte, “por toda a parte onde haja homens que, pensando e imaginando, desceram tão profundamente dentro de si próprios que tocaram aquele ponto do espírito para o qual convergem por infinitos raios as várias esferas que definem a actividade dos outros homens”, como fulgurantemente escreveu António Telmo, ao contar-nos o episódio, que presenciou, num texto mantido inédito durante décadas, e que apenas veio a lume em 2004. Destinava-se, tal como um outro escrito, de Agostinho da Silva, a uma publicação cultural sobre Sesimbra, que ficou por concretizar. No próximo sábado, a Biblioteca Municipal de Sesimbra acolhe o lançamento de Congeminações de um Neopitagórico, de António Telmo, livro que agora surge no mercado com a chancela da Zéfiro, e do terceiro número da revista Nova Águia, dedicado a'O legado de Agostinho da Silva, 15 anos após a sua morte. A sessão, com início marcado para as 15 horas, contará com a presença do autor de História Secreta de Portugal, do editor Alexandre Gabriel, de Pedro Sinde, que fará a apresentação das Congeminações, de Carminda Proença, de Renato Epifânio, um dos directores da Nova Águia, e de Pedro Martins. Tal como Brasília, Sesimbra foi um dos traços de união no mapa da convivência espiritual que Agostinho da Silva e António Telmo mantiveram durante décadas. Nos próximos dias, através da (re)publicação daqueles e de outros textos, iremos dedicar especial atenção à presença e à acção dos dois grandes vultos por terras e mar de Sesimbra, afinal o centro do mundo, o lugar onde se não morre.
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