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Leia aqui a homenagem da Fundação António Quadros a António Telmo.



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ANTÓNIO TELMO, SEMPRE



Um poema inédito de
António Telmo

A família é de noite quando se dorme
Todos num sono só, juntos lá onde
De Deus se toca a sua sombra informe
Onde de nós secreto Deus se esconde.
E como há crianças a dormir, o esplendor
Diurno dos seus olhos brilha puro
Num magnífico ponto interior
Que é o reflexo de Deus no escuro.
Mas amanhã há Sol. Vamos passear sós
Na manhã tão nítida e clara, nesta manhã de Abril
Vamos trazê-la para dentro de nós
E levá-la para o sono obscuro e vil
Tão límpida como uma gargalhada infantil.

1 comentário:

  1. Nos dias que correm, não se encontra facilmente um poema como este, de múltiplos alcances, numa atmosfera de palavras cheias de beleza.

    Eduardo Aroso

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