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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

POEMAS DE EDUARDO AROSO











Energia Do Poema

A luz não se vende
quando todos os dias
chega radiosa sem exclusão
de quem a sabe ou não.

Mas dá-se com justeza
a quem a pode receber
no seio da alma que procura
pelos secretos labirintos da natureza.
Ímpeto de ser, sorriso de refracção
(uma alínea objectiva de Deus)
que ensina a contra-ilusão.
Nela descansam todos os conceitos
no regaço unitivo que tudo abraça.
Queima e sana, exalta e fere
apenas a escuridão que não a reconhece,
universal manto cheio de graça!

Ó nudez humana no que nos cerca,
está dentro a beleza que faz a carne
e o que depois dela é primavera eterna!

2-01-2012
Eduardo Aroso

1 comentário:

  1. Poema luminoso e verdadeiro.
    Para além do ritual, do objecto visível e palpável, para além dos rostos sérios que por nós passam, um sorriso, um breve sorriso, quase imperceptível (mas tão cheio que enche o momento) trespassa os seres e indica a presença. Há certezas maiores que o mundo. Há momentos, “solstíciais”, em que o sol pára atento e invade a vida de sinais. Nessas paragens temporais, o coração abre-se e escuta atento e em espanto. Por fim, obedece a essa luz, apenas porque ama. O Amor Tudo Vence.

    Obrigada, mais uma vez, Eduardo Aroso pela inspiração interna das suas belas palavras.

    Cumprimentos,
    Cynthia

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