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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

EXTRAVAGÂNCIAS, 46


Dois poemas
Eduardo Aroso

NEVE
À memória de Augusto Gil

Tempo breve,
Demorado olhar!

Mas a nós,
Senhor,
Porque nos dás
Tanta cor?!

11-01-10


À ESPERANÇA DE UM NOVO ANO

Perdoa-me, oh tu que me tens em segredo,
Amada minha que não escuto o ano inteiro.
Perdoa-me, agora, se eu te fito com medo,
Te ouço apenas no primeiro dia de Janeiro!
A tua voz suave e firme bem me segura,
Tu que me vês no afã inquieto de mudança,
Perdoa-me se somente agora eu sou digno
E hoje te abraço minha doce esperança!

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