em Dia de Reis
Eduardo Aroso
Sob o nosso signo Filosofia Extravagante, ao qual já chamei Filosofia Extravasante, fui-me interrogando ao longo do ano, há dias findo, lentamente como o movimento de translação da Terra, também seguro de que haveria de passar nos equinócios e solstícios… Na nossa vida consciente há momentos em que também cruzamos esses pontos, pequenas flores que vamos cultivando no meio de uma imensa seiva cósmica que mal entendemos ainda. Vem isto também a propósito da resposta – aqui registada no essencial - que dei a um amigo que estranhou o título Extravagante num blogue de pensadores, filósofos, artistas e outras pessoas de «suposto equilíbrio do ser», tais as palavras com que me interpelava o amigo.
De abelhas sabendo que é na sua colmeia - a que podemos também chamar pátria e nação – que começa o labor e o amor, consciente de que há congéneres suas que, querendo fabricar mel em todas (!) as colmeias do planeta, não chegam, obviamente, a fazer nenhum, “fugitivos universais” que não conhecem sequer um chão relativo (seja mesmo a “ tenda” de que falava S. Paulo) onde os pés catapultem a alma para uma séria meditação/reflexão.
Seja assim o possível mel de colmeias do real e do ideal, extravasando e enxameando o universal. Seja então este presente a dar aos homens e mulheres de boa vontade. Que o ano de 2010 seja extravagante nos «ofícios de Minerva» e abundante no sopro do Espírito Santo.
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