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quarta-feira, 23 de maio de 2012

AFORISMOS, 137

Por Eduardo Aroso

Filosofia e arte são universais. Todavia, negar uma filosofia situada – a portuguesa, no caso que nos interessa – seria o mesmo que falar da não existência de uma música portuguesa, de uma arte portuguesa, de uma poesia portuguesa. O singular não tem que excluir o universal, pois este forma-se das relações daquele, um interessante casticismo, como lhe chamou Unamuno. Só pelo particular o vazio, que muitas vezes é o chamado geral, se desvanece para dar lugar ao ser, ao ser algo, tal como um corpo composto de funções e órgãos vários. A alma desse corpo, que o envolve e sustém, é a verdadeira universalidade que tudo toca, depois de preenchido o nada-geral, o homogéneo de coisa nenhuma, a universalidade que irmana e torna luminosas as particularidades.

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